A prática de aulas em família
Para alguns isso pode soar estranho a princípio. Por que não é comum vermos alunos de idades variadas aprendendo juntos. Hoje em dia, em nossos sistemas educacionais, se há um critério para agrupar pessoas totalmente diferentes dentro da mesma sala de aula, com certeza esse critério se refere à idade. Pois é, mas quando falamos de aulas fora das escolas podemos pensar no formato que nos pareça ideal, algo que realmente se enquadre na vida das pessoas trazendo significado para o “estar juntos”. Se pensarmos bem, na vida real não estamos agrupados por critérios de idade, nem de tamanho. Estamos agrupados em famílias. Com gerações variadas. Em muitos casos temos três gerações morando na mesma casa. Nessa realidade atual, ano de 2019, conhecimentos são trocados tanto dos mais velhos pros mais novos, como dos mais novos para os mais velhos, como é muitas vezes o que acontece com as tecnologias dos telefones e com a internet.
Aliás falando em tecnologia, esse é outro ponto muito interessante a ser tocado. Como tudo na vida, o uso da tecnologia tem dois lados, podemos nos aproximar de pessoas e estar conectados com elas por 24h por dia ininterruptamente. As redes sociais nos conectam. Mas como é possível que quanto mais estejamos com o mundo na palma das nossas mãos nos sintamos tão sozinhos e perdidos em meio a tanta informação? Os dados sobre saúde mental da infância e adolescência são alarmantes. Não tenho dúvidas que seja possível estabelecer uma relação real via internet, mas isso depende de uma conexão. Não apenas a conexão de rede de dados, mas sim a conexão real entre as pessoas, vou chamar de rede de laços. Somos seres sociais, buscamos conexão, aceitação e integração com o outro.
As crianças precisam, para sua formação integral, estar conectadas com pessoas, para trocar conhecimentos, experiências e afeto. É aí, nessa linha de pensamento, que as aulas em família fazem todo sentido. Tanto nas nossas aulas de musicalização como nas aulas de yoga, as crianças estão sempre acompanhadas de um adulto próximo, alguém que realmente faça parte da sua vida. Alguém com quem a brincadeira feita na aula vai se repetir em casa, alguém que vai sentar e meditar cinco minutos com essa criança, alguém que vai cantar junto com essa criança. A mesma pessoa que aprendeu junto. Temos que ter a humildade de nos colocar em papel de aluno, mesmo sendo adultos, a criança aprende a aprender por imitação. Garanto a vocês que tenho visto cenas muito lindas em aulas com famílias; muitas demonstrações de carinho, muitos laços sendo fortalecidos, muita conexão analógica acontecendo, movida a ocitocina, endorfina, serotonina e dopamina. Nosso quarteto de hormônios responsáveis pela nossa sensação da felicidade e do bem-estar integral.
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